Vazio do quarto
Na madrugada que me assusta,
Procuro sem te ver, repito sem falar,
Sem fim na minha angústia,
Penso em como deves estar.
Das bugigangas na caixa,
Ao retrato no quadro,
Tudo lembra você,
No vazio do meu quarto.
Dormir sem lembrar,
De uma conversa idônea,
Das lágrimas sentidas,
E do erro sem cerimônias.
Da tua mão sobre o meu peito,
Da tua raiva genuína,
Do medo do corte e da ferida,
Do meu eu que matei em sua vida.