NO FIM DA TARDE

Esse mundo que me incendeia
desse sangue, que ferve na veia,
resumindo, um mundo de solidão.
Essa dor que em minha alma arde
que traz nesse finzinho de tarde,
as notas tristes de uma canção.

A monotonia que a vida infesta
vendo que alegria, já nada resta,
me deixa com tanta dor no coração.
Relembrando meus antigos amores
já não vejo mais beleza nas flores,
mas vejo, o ponto final da ilusão.

Na agonia louca que a saudade atira
estou sentindo que nada me inspira,
viajo no tempo sem ter uma direção.
Numa negra floresta,cansado, deito
e sinto algo mexendo no meu peito,
mandando para a alma a recordação.

 
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 08/11/2015
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