*Quanto custa uma saudade?

Enquanto o metal desvaloriza, o sentir, encarece,

E a saudade vem, e então nos custa, as lágrimas...

Águas mornas derramadas, em lembranças aquece,

Tornam-se a cobertura indesejada de nossas rimas.

Custa o pensar desconcentrado e por vezes dolorido,

Noite de sonho colorido, e um desejo de mais sono...

Manhãs mornas e tardes quentes, em dias compridos,

De uma doce primavera, que na alma, parece outono.

Custa versos sentidos, poemas entristecidos, tecidos,

Com os fios da saudade mais pura, bordando juras...

De amor eterno, de momentos congelados e ternos,

Presentes caros, um justo assalto, coração ao alto.

*Poesia com o título sugerido pelo vizinho e recantista,

Tristão do Alegrette.