"TEMPOS DE PAZ, QUE LÁ VÃO!"
A choupana florida e formosa
Era um "templo bendito de outrora".
Ao redor, as roseiras cresciam,
E a brisa brincava na aurora
De manhã, despertava cedinho,
Com o canto do galo "ponteiro"
E corria a fazer travessuras
Com os sapos que haviam no ribeiro.
À tardinha, ouvia-se tocar
O terno Ângelus (Ave-Maria):
A canção de sentida oração,
Que a fé dos ouvintes movia…
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A choupana, agora deserta…;
Oh! As aves se aninham no vão
Dos telhados, co'atento engenho,
No findar da suave 'stação…!
Seco e triste se esconde o cipreste,
Junto à cruz que se cresta à estrada;
Não há mais o embalar das acácias
Que cercavam a minha morada!
Tudo passa, oh, céus! O que é feito
Desses "tempos de paz, que lá vão!"
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