"TEMPOS DE PAZ, QUE LÁ VÃO!"

A choupana florida e formosa

Era um "templo bendito de outrora".

Ao redor, as roseiras cresciam,

E a brisa brincava na aurora

De manhã, despertava cedinho,

Com o canto do galo "ponteiro"

E corria a fazer travessuras

Com os sapos que haviam no ribeiro.

À tardinha, ouvia-se tocar

O terno Ângelus (Ave-Maria):

A canção de sentida oração,

Que a fé dos ouvintes movia…

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A choupana, agora deserta…;

Oh! As aves se aninham no vão

Dos telhados, co'atento engenho,

No findar da suave 'stação…!

Seco e triste se esconde o cipreste,

Junto à cruz que se cresta à estrada;

Não há mais o embalar das acácias

Que cercavam a minha morada!

Tudo passa, oh, céus! O que é feito

Desses "tempos de paz, que lá vão!"

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angelk
Enviado por angelk em 19/10/2015
Reeditado em 10/12/2015
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