Saudade da minha Juventude
Eu invejo o teu viço,
A tenrura da pele
o sorriso ainda branco
O olhar de menina-mulher
Eu invejo o teu sonho ardoroso
Tua ausência de medo,
Teus poucos segredos.
Teu entusiasmo honroso.
Invejo tua garra felina
Teus mamilos retesados
Tua curiosidade infantil
E vistosidade do corpo esguio.
Invejo sim, rapariga pequena,
Eu que um dia fui pujante
Tão formosa e serena,
e hoje da juventude vivo distante.
Invejo tua coragem de amar
Teu desejo de lutar
Teus anseios em viajar.
Um dia, quando teu viço passar
Certamente a inveja não mais terei
Pois daqui, bem longe estarei.