DESFOLHANDO O TEMPO DE UMA SAUDADE

Vem, sopra n’alma ventania.
Desfolha as lembranças,
Fechada à janela da alma
Deixa dentro no íntimo dorme.
Cerra em mim a porta,
Deixem dentro lá dentro dormir...
Vento sopra à janela abre
Sai de lá adormecida...
Finge que ainda é aurora
Que a noite já foi embora
Traz de novo os dias idos...
Acorda o ontem, já era o tempo,
Acorda o passado os dias zarpam.
Tu me trazes a lembrança,

Embrulhada de presente...
Mesmo quando é outro dia
Na paisagem há sorrisos
De uma foto revelada.
Destrava a janela emperrada,
Deixa ranger em mim a SAUDADE.


OUTUBRO/2015.
MargarethDSL