OS CHINELOS DA THEREZA

Pra escola todo santo dia, a cavalo
O irmão tomava as rédeas do Lambari
Animal pequeno, ágil, com ela à garupa
Ditando as regras do trânsito, sempre a conferir
Nossas montarias tomavam embalo ao passar a gruta!

Devagar...! Devagar...! Agora, mais depressa!
Pra não atrasar, parar nem era preciso
Saltava mesmo na maior carreira
Em qualquer lugar, queria chegar!
Do lado da escola, no gramado, cavalos a pastar!

Por simples detalhe, mais me lembro dela
Menina bonita, gentil, colega dos bons tempos
Da vida, que era muito bela, tudo a contento
Muito me lembro dos seus chinelos coloridos
Até singelos
Na estrada, intrigado, a pensar eu ia...
De como aquele seu chinelo, no chão, não caía!

Sobradinho-DF, 15/06/07- abello