Nênia
Infinitos eram
amor e vida
até sua querida
em desvario morrer
Pobre trovador
noite e dia cantou
orações entoou
Alguém teve pena do seu clamor?
Sua mente, um fantasma
está sempre a assolar
Ele finca a pena no papel
até esperança brotar
Formam-se úteros
e ovários de vidro
A tinta tilinta
nas veias de fel
Do nome a maldição
a amada morta pariu
para uma vida inteira
inspiração