Plenitude
A angustia que sinto, essa inquietude,
Que longe do meu amor eu vivencio,
Me faz ter certeza de que ninguém mais
Me fará tão feliz quanto ele faz!
Vivo o Amor em toda plenitude
Cada vez que o seu corpo acaricio
E vou saboreando assim, amiúde,
Os momentos que me permitem viver
O que tempo algum me fará esquecer.
Não importa o quanto ele se demora,
Sempre serei tão sua quanto agora!
Na penumbra do quarto, o seu vulto
Desperta o desejo adormecido,
Aguçando-me então cada sentido.
O meu corpo, qual diamante bruto
Nas mãos de um hábil lapidador,
Se revela em todo o seu esplendor!
Sobre o meu amor, então, eu me debruço,
Escondo a emoção, prendo o soluço,
E o seu corpo perfeito aprecio,
Enquanto beijo de leve o seu rosto,
E demoradamente sorvo o gosto
Do desejo que aos poucos eu sacio,
Tentando superar toda a saudade...
Há quanto tempo por esse Amor espero!
Quanto almejei essa felicidade;
Quanta certeza eu tenho do que quero!
Agradeço a belíssima interação do Poeta e Escritor Paulo Jorge Fleury:
" Uma rápida sampleada... É mistério e desejo... E muito mais... É divino segredo, é profano brinquedo... E muito mais... Nada além, nada aquém do que move a paixão, que alimenta o tesão de se fundir no corpo do outro, no desejo do outro... E ainda assim ser mais um... Que é sempre mais que dois."