Plenitude

A angustia que sinto, essa inquietude,

Que longe do meu amor eu vivencio,

Me faz ter certeza de que ninguém mais

Me fará tão feliz quanto ele faz!

Vivo o Amor em toda plenitude

Cada vez que o seu corpo acaricio

E vou saboreando assim, amiúde,

Os momentos que me permitem viver

O que tempo algum me fará esquecer.

Não importa o quanto ele se demora,

Sempre serei tão sua quanto agora!

Na penumbra do quarto, o seu vulto

Desperta o desejo adormecido,

Aguçando-me então cada sentido.

O meu corpo, qual diamante bruto

Nas mãos de um hábil lapidador,

Se revela em todo o seu esplendor!

Sobre o meu amor, então, eu me debruço,

Escondo a emoção, prendo o soluço,

E o seu corpo perfeito aprecio,

Enquanto beijo de leve o seu rosto,

E demoradamente sorvo o gosto

Do desejo que aos poucos eu sacio,

Tentando superar toda a saudade...

Há quanto tempo por esse Amor espero!

Quanto almejei essa felicidade;

Quanta certeza eu tenho do que quero!

Agradeço a belíssima interação do Poeta e Escritor Paulo Jorge Fleury:

" Uma rápida sampleada... É mistério e desejo... E muito mais... É divino segredo, é profano brinquedo... E muito mais... Nada além, nada aquém do que move a paixão, que alimenta o tesão de se fundir no corpo do outro, no desejo do outro... E ainda assim ser mais um... Que é sempre mais que dois."

Sonia Villarinho
Enviado por Sonia Villarinho em 19/09/2015
Reeditado em 06/12/2016
Código do texto: T5388021
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