adeus ao que, sem vida, viveu
essas paredes eu ajudei a pintar
agora...
nem luz tem, pra eu ver a cor
as manchas no teto
o reboco pixado
- dos primeiros traços
de tinta -
agora tudo tomado
pela poeira
teia de aranha
caixa
agora posso até
acender um cigarro
olha só!
objetos sem vida
cheios de lembrança
plástico cheio de história
é até engraçado
sem mim, não vale nada
logo vai virar lixo
e a história se perder com ele
tudo é só memória
como pode?!