adeus ao que, sem vida, viveu

essas paredes eu ajudei a pintar

agora...

nem luz tem, pra eu ver a cor

as manchas no teto

o reboco pixado

- dos primeiros traços

de tinta -

agora tudo tomado

pela poeira

teia de aranha

caixa

agora posso até

acender um cigarro

olha só!

objetos sem vida

cheios de lembrança

plástico cheio de história

é até engraçado

sem mim, não vale nada

logo vai virar lixo

e a história se perder com ele

tudo é só memória

como pode?!

Dougg Ribeiro
Enviado por Dougg Ribeiro em 15/09/2015
Código do texto: T5383379
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