Luto de Saudade

Depois de eu tentar esconder-te em minha memória,

de eu ter te deixado, neste lugar só teu.

Aonde eu nunca mais te verei,

o sol não mais entrará,

e as alegrias não serão mais minhas.

Aonde tuas mãos, que eu adorava,

não mais me tocarão,

a saudade bateu à minha porta.

A saudade não me permite esquecer,

que fostes a pedra mais singular, e rara.

A rocha mais dura, em um penhasco solitário,

do qual eu caí com a alma despedaçada.

Ali, enterrei-te junto a uma semente que plantei,

dela nasceu, a rosa sangrando a cor da dor.

A saudade entrou impregnando meu dia,

como visita já conhecida e amiga,

me fará companhia,

enquanto o silencio sacode as horas mortas.

Deixastes o fruto do que um dia foi amor,

meus versos controversos, ora triste, ora alegres.

Eles sempre me farão lembrar dos teus olhos,

o olhar desprovido de um amor vivente,

estará impresso em cada letra descompassada.

Quando chegar a noite, a saudade partirá,

para eu dormir na paz de saber,

que és feliz aonde estás,

- não preciso mais buscar-te!