LAMENTO DO POETA

Abalaram todos os meus esteios
depois dos inúmeros devaneios
não quiz comigo mesmo, acreditar.
Depois de tantas promessas e juras
ao sentir a dor das desventuras
fui cansando, não quero esperar.
Numa deserta rua
só o clarão da lua
e o poeta a lamentar.

Triste ver, uma alma que campeia
em razantes ventos,um grão de areia,
como dói, uma promessa não cumprida.
Torcendo para chegar o outro dia,
sem estoque de rimas para a poesia
e na alma, a saudade enternecida.
Esquecerei o perfume
pois, sou um vagalume
sem luz para a vida.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 30/08/2015
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