Antigas canções...
Talvez esses versos sejam um pouco dos teus,
Os teus que ainda buscam os meus, um abraço;
Que poesia em esperança, ternamente ofereceu,
Mas nos desvencilhamos, seguimos outros passos.
Distância segura dos seres, sem um ponto final,
Reticências que deixam palavras voarem ao céu;
Como uma prece perdida, esquecida, sem sinal...
De resposta, letras rascunhadas no antigo papel.
E olhares atentos tentam desvendar um passado,
Nada veem, além de marcas em certos corações;
Uma solidão vivida em um sonho que foi guardado,
Como era bela a vida, ainda é, nas antigas canções.
Canções que não ouço mais, não atrevo despertar,
Dormem entre lembranças, pelo tempo embaladas;
Restam as letras mudas, sem som, sem voz a ecoar,
Lindas letras, antigas paixões ternamente guardadas.