Façanhas da saudade.
O que fazer com uma saudade,
devastadora como o vendaval,
serpente de minha felicidade,
com o veneno na picada letal.
O que, posso fazer nesta hora,
se uma dor reina no coração?
Se o amor um dia vai embora,
noutro dia vem como furacão?
Onde encontro os meus versos,
com as entrelinhas tão silentes,
para que o poema ora disperso,
faça saber a verdade da gente?
Quisera agora sentir o abraço,
que exorciza minhas fantasias,
que o menino alado com o laço,
fez sua arte na fatal pontaria.
Vidas entrelaçadas na flechada,
o amor em tortuosos caminhos,
no meu corpo sinto a lambada.
sob meus pés cravam espinhos.
Toninho