PAI
Quantas vezes
Sinto a tua presença
Pisando forte
Rindo com os passarinhos
Que na varanda faziam
Seus ninhos...
Quantas vezes
Eu tremia de medo
Quando as minhas traquinagens
Eu fazia e nem percebia
Era só você chegar
O castigo não perdoaria.
São lembranças
Daqueles momentos
Em que a gente tremia
Quando no seu cavalo
Você chegava
E logo queria saber
O que a turma aprontava.
A tua disciplina
Fez-me ser o que sou
Esquecer-te
Jamais...
Pois pai não morre
Continua vivo
Em cada gesto teu
Em tudo que posso relembrar
E olha sei que dei muito trabalho
Fui mais moleque que menina
Mas fui muito amada
Mesmo que às vezes bem castigada.
Mas eu bem merecia
Hoje relembro e dou risada...
Amei-te!
Amo-te!
Amarei-te eternamente...
Sempre a menina traquina como era chamada...