MATAR A SAUDADE
Sopra o ar quente em minha face,
Ruborizando-a, enquanto a tarde se alonga,
E por mais que eu queira, ser indiferente,
Cada instante me traz lembranças,
Das estações primeiras...
Os olhos tristes esqueceram como sorrir...
Os passos lentos já não sabem aonde ir...
Somente a saudade vem a galope,
Nas lembranças que o tempo inexorável traz,
Encerrando-se no angustiado coração,
Numa profunda mágoa que guarda as paixões,
Fazendo rolar um silencioso pranto...
Ah! Por que tu és tão cruel saudade?
Não vês que já não te suporto?
Atravessa de uma vez meu peito,
Com a lança que faz cessar a vida
E de uma única vez,
Acabe com essa triste sorte!