MEDO DA NOITE

A cantiga pode ser doce

Pode ser calma

Pode ser de ninar

Quando cai a chuva leve

E eu sinto um vento frio

Ouço aquela canção

Que as vezes me faz sorrir

Outras vezes me faz chorar.

Assobia o vento lá fora

Que atravessa meu telhado

Que chacoalha minha janela

Vem um sussurro que se arrasta

E aos meus ouvidos nefasta

E me encolho entre as cobertas

De saudade o meu coração

Meu plangente coração aperta.

Uma cantiga calma

É a minha preferida

A minhas irmãs ali comigo

Contam-me histórias

Falam de amor e poesia

Devagar, entre passos

Chega minha mãe

Acende a lamparina

Afaga os meus cabelos

Me diz que há um anjo

Que toda noite não tarda

Com uma reluzente espada

Vela me o sono e me guarda.

FATIMA KALIL
Enviado por FATIMA KALIL em 04/07/2015
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