Eram uns olhos de esperança.
Eram uns olhos azuis, azuis,
Que podiam brilhar;
Um azul da cor do mar.
Eram uns olhos de esperança.
Pena! Vivo só das lembranças.
Como se lia num manuscrito,
podia ler nos olhos seus,
o valor infinito da alma.
Eram uns olhos de esperança.
Pena! Vivo só das lembranças.
Uma lágrima rolaram naquele olhar,
e um último suspiro,
nos seios ainda treme,
e o azul, que era azul, embaça.
Eram uns olhos de esperança.
Pena! Vivo só das lembranças.
Numa noite de céu azul,
Ofuscou-se o último brilho,
num triste passamento.
Eram uns olhos de esperança.
Pena! Vivo só das lembranças.
(Homenagem à minha mãe - 19 anos sem o brilho de seu olhar)