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A Volta
(Sócrates Di Lima)

Em um céu de brigadeiro soltou asas ao vento,
Talvez em um céu noturno, negro amarelado, partiu.,
E sobre as luzes deixadas aos seus pés naquele momento,
Em outro canto, teu canto silenciou e me feriu.

Feriu na saudade, na solidão de ficar para traz,
Sem ter como cavalgar o tempo ao teu encontro.,
E por lá ficou, sem saber que eu era capaz,
De sofrer as escondidas, á solidão do desencontro.

Mas, como parecia infinita a distância,
Busquei fechar os olhos e travar meu coração.,
Para não me perder da tua ausência,
Nem me desesperar na solidão.

E quando eu menos esperava nessa caminhada,
A tua volta me encheu de luz novamente.,
E eu de joelhos agradeci a tua chegada.,
Por que sei que agora minha alma está contente.

Vem, voe para os meus braços.
Como voastes para outros cantos.,
Aperta-me com saudade em seus abraços,
E com teus beijos, seca meus inquietos prantos.

Vem me diz que sentiu minha ausência,
Vem me toma de súbito e me ama.,
Faz-me menino homem, é minha clemência,
Entre suspiros e  beijos, me enlouquece na tua cama.

A volta,
Sobre o mar em ondas calmas,
O ser mulher que a saudade solta,
E vem juntar em sonho, nossas almas.

E assim, porquanto tenha querido,
O que vai, não volta nem dias alegres nem tristonhos,
Por isso, o voltar pode ser bem recebido,
Apenas no subconsciente dos sonhos.


 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 07/06/2015
Reeditado em 07/06/2015
Código do texto: T5269623
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