Quantos anos?
Quantos anos?
Terei de viver, sem sua luz
E sob a luz escura da angustia
Que me sugara a alegria
Naquele fatídico Junho
Quando anos?
Olharei meu triste sorriso no espelho
Cantarei para alegrar vidas nuas
E “morfinar" a alma
Quantos anos?
Sem teu colo, meia lua rede natural
Pétala beijando a face do homem menino
Ternura de colibri
Que vela por seu jardim
Quantos anos?
Luto lutarei contra essa negra dor latente
Quanto tempo terei essa faca
Que sangra me sedenta
Até a ultima gota
Quantos anos?
Há para o grande banquete
Na mesa do Senhor
Estaremos lá... Eu a Senhora e Deus
No mais longo e esperado abraço da minha vida