ANTIGAMENTE

O velho carro de bois

O preto velho carreiro

O chapéu de aba larga

Junto ao velho candeeiro

Quantas vezes dias e noites

Atravessando pelas campinas

Transportava o nosso progresso

Deste rico chão brasileiro

Hoje só ficaram as recordações

O preto velho já morreu

Na parede pendurado o gibão

Que o tempo já esqueceu

Nem bois, nem carro nem preto velho

Nem mesmo o velho e bom fazendeiro

Apenas algumas antigas historias

Ficaram para os seus herdeiros

De um belo tempo que se foi

Da velha Fazenda do Cruzeiro

Hoje olho aquele antigo mourão

Retirado da dura árvore de aroeira

Que mesmo desgastado com o tempo

Ainda abandonado no terreiro

Como uma testemunha autêntica

Das rodas de bons violeiros

São aqueles velhos arquivos

Que se encontram bem vivos

Em nossos corações e mentes

Mas como tudo tem seu fim

Agora também chega em mim

As lembranças de toda aquela gente

Com a nova tecnologia chegando

O mundo todo se transformando

Vivemos de profunda saudade

Mas hoje não existe mais

Quem seja feliz de verdade

Charlis
Enviado por Charlis em 21/05/2015
Código do texto: T5249126
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