ANTIGAMENTE
O velho carro de bois
O preto velho carreiro
O chapéu de aba larga
Junto ao velho candeeiro
Quantas vezes dias e noites
Atravessando pelas campinas
Transportava o nosso progresso
Deste rico chão brasileiro
Hoje só ficaram as recordações
O preto velho já morreu
Na parede pendurado o gibão
Que o tempo já esqueceu
Nem bois, nem carro nem preto velho
Nem mesmo o velho e bom fazendeiro
Apenas algumas antigas historias
Ficaram para os seus herdeiros
De um belo tempo que se foi
Da velha Fazenda do Cruzeiro
Hoje olho aquele antigo mourão
Retirado da dura árvore de aroeira
Que mesmo desgastado com o tempo
Ainda abandonado no terreiro
Como uma testemunha autêntica
Das rodas de bons violeiros
São aqueles velhos arquivos
Que se encontram bem vivos
Em nossos corações e mentes
Mas como tudo tem seu fim
Agora também chega em mim
As lembranças de toda aquela gente
Com a nova tecnologia chegando
O mundo todo se transformando
Vivemos de profunda saudade
Mas hoje não existe mais
Quem seja feliz de verdade