VESTIDA DE AMARELA

Quem já não teve lá num passado,
um certo momento que ficou gravado,
que na mente não conseguiu morrer?
Lá,distante encruzilhada do destino,
num inocente momento, ainda menino,
que até hoje, não foi possivel esquecer.

Numa manhã, a linda moça  da moenda,
mudava para sempre, daquela fazenda,
ouvi sobre o sapé, uma pedra rolar...
Quando abri no escuro, uma janela,
ví, linda , estava vestida de amarela,
me acenou, não pude uma palavra soltar.

Entre as estrelas, no azul do infinito,
ela ouviu de minha alma um grito,
e os soluços de quem ficou a chorar.
Depois, frequentei tantas madrugadas,
por onde juntos passamos, nas estradas,
e sabia, que não ia nunca mais voltar...

No pouco tempo que se vive, isso já sei,
pedi a lua para te dizer o quanto te amei,
que nunca esqueci, o momento de emoção.
Tanto tempo, com seus pais se mudava,
chorando? Não sei, quando o lugar deixava,
eu relembrando aqui, em Campos do Jordão.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 19/05/2015
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