EM UM OUTONO

ENTÃO É PRETO E BRANCO.

OS EDIFÍCIOS DE UMA MAIOR SOLIDEZ.

CONFUNDEM OS ANDARILHOS PERDIDOS NA RUA

ESSES CONCRETOS GÉLIDOS

DE UMA ESTAÇÃO CINZA.

TUDO FORA A MINHA CASCA

É GIGANTE

- AS COISAS TODAS COMO A FÚRIA DE UM DITADOR.

E VOCÊ? EU NÃO SEI DE VOCÊ.

É UM LUGAR DE NÃO ALCANCE

ONDE VOCÊ FAZ A TUA MORADA AGORA.

É UM OUTRO LADO

DESCONHECIDO.

E EU AINDA SOU O PULSAR

DO DESEJO DE ONTEM.

MAS ESTOU A QUEIMAR

NESTE CIGARRO.

( LEMBRAR DEPOIS QUE EU NÃO FUMO )

POR ISSO O ESCONDER DAS CINZAS NUM CANTO.

ÀS VEZES EU MINTO.

AQUI ESTÁ ESCRITA

UMA SAUDADE.

QUE FOSSEM ESSAS PALAVRAS UMA NÃO VERDADE MINHA.

A MENTIRA QUE DEVO CONTAR AMANHÃ.

pedro amaro
Enviado por pedro amaro em 12/06/2007
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