Lá na ponte
Ah! como é doce o ocaso lá na ponte,
com pontas de saudosismo
dos licores da lua
são sabores, dissabores
que me fazem novamente ver
Lá, as gaivotas constroem cenários
E eu me regozijo nas aquarelas lendárias
em telas de gigantesco anil
Um leque se abre,
as cores espalham
nuances em detalhes
um caleidoscópio que projeta
e ainda se projeta
no declínio de um astro
Lá da ponte, eu marejo
numa cantiga de saudade
que me alenta o coração
A noite que me chega
A brisa que me beija
E me sacoleja ao teu encontro.