Lá na ponte

Ah! como é doce o ocaso lá na ponte,

com pontas de saudosismo

dos licores da lua

são sabores, dissabores

que me fazem novamente ver

Lá, as gaivotas constroem cenários

E eu me regozijo nas aquarelas lendárias

em telas de gigantesco anil

Um leque se abre,

as cores espalham

nuances em detalhes

um caleidoscópio que projeta

e ainda se projeta

no declínio de um astro

Lá da ponte, eu marejo

numa cantiga de saudade

que me alenta o coração

A noite que me chega

A brisa que me beija

E me sacoleja ao teu encontro.

Nonato Costa
Enviado por Nonato Costa em 08/05/2015
Reeditado em 08/05/2015
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