NO SÉTIMO DIA

No sétimo dia,

Deus exausto,

Queria descansar.

Não tinha onde. Criou Goiás.

Encravou a cidadezinha na Serra Dourada,

Plantou bromélias entre pedras

E fez descer um riozinho

Ao lado da casa velha da ponte.

Foi quando criou o silêncio.

E ainda hoje, nas velhas ruas de pedra,

Nos porões das casas velhas,

Nas bocas velhas e enrugadas,

Se faz profunda quietude.

Não corre menino!

Não vê que seu avô está dormindo?

Edson de Barros
Enviado por Edson de Barros em 02/05/2015
Reeditado em 03/05/2015
Código do texto: T5228531
Classificação de conteúdo: seguro