NO SÉTIMO DIA
No sétimo dia,
Deus, exausto,
Queria descansar.
Não tinha onde. Criou Goiás.
Encravou a cidadezinha na Serra Dourada,
Plantou bromélias entre pedras
E fez descer um riozinho
Ao lado da casa velha da ponte.
Foi quando criou o silêncio.
E ainda hoje, nas velhas ruas de pedra,
Nos porões das casas velhas,
Nas bocas velhas e enrugadas,
Se faz profunda quietude.
Não corre, menino!
Não vê que seu avô está dormindo?