FOTOGRAFIA

O sorriso franco na fotografia

Não diminuía o pranto de saudade

Nunca demonstraria o quanto a amava de verdade

A gravura digital sobre a estante

Era um mal que lhe trazia uma alegria constante

Um triste instante de felicidade.

Ele a amava, tanto quanto, ela amava outro

Que também a amava.

O verdadeiro amor não é inconsequente!

A verdade mente quando o amor se sente solitário

Quando um sonho é o único ombro solidário.

Quem poderia entender seu prazer imaginário?

Todos tentariam descolorir suas fantasias, seu pesar

Mas ele é um arauto do amor, um refratário

Um remetente sem resposta do destinatário

Por si só, bastava amar.

Todos os seus sentimentos, toda a sua alegria

Arquivados, eternizados num sorriso, na fotografia.