TODO ESSE MAR DE AMOR.

Cortejo a tua lembrança, que me é tão profundamente transparente dentro do meu sonho, e suavemente ouço a tua voz bem perto de mim, assim, como se fosse o suspiro de um anjo a dormitar em um jardim, e somente por um instante, eu pensei te acalentar te cobrindo com um cetim, que por fim, o meu coração agora te abraça em plena distancia, nessa circunstancia que se apresenta natural, porque você é o meu Amor perenal.

E quando revoluteio, muito além de uma estrela distante, me sinto como um viajante, em seu passeio, onde o anseio se faz presente, e novamente consigo ouvir você me falar, com frases soltas carregadas de carinho, e eu sozinho na minha quietude, na plenitude do meu desejo, e a solicitude se encaixando no seu devido lugar.

Eu só queria que você ouvisse agora a minha confissão, embora eu sinta a minha aflição se distanciar, e me fazer acreditar, que ainda tu és o ar que me faz respirar. E esse compartilhar de palavras pactuadas a nos alimentar, e nos crestar no sol do estio, mas, que vem nos despertar de um sonho já vazio, como uma concha vinda das profundezas do mar.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 14/04/2015
Reeditado em 08/09/2017
Código do texto: T5206602
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