Onde Estás?
(Duo)
tua saudade entra pela janela
pega carona no perfume que exala
da roseira mais cobiçada
fluindo e levitando até chegar assim,
tua lembrança me transporta
ao seu lado, em seu roseiral jardim...
À essa hora não há beija flor
nem borboletas
não há nem jardineiro,
sozinho está o canteiro
Nesta hora, mesmo não enxergando,
há anjos e vagalumes próximos de ti,
protegendo, cuidando, ladeando,
imantando o verniz da noite
em sereno, senti...
Mas há versos que se desenham,
ansiosos no espaço...
preenchido pelas lembranças e
a saudade que só passam
com o toque
do teu abraço!
Eis-me findando tua saudade,
ora em derradeiro verso,
Sinta-se comigo, tu minha veleidade,
Minha dileta poetisa neste universo!
***
Ísis Dumont/Luís Carlos Facuri