BEIRA DE AREIA

As rajadas, tão fortes dos ventos,
vão resfriando meus pensamentos,
e vão também ofuscando o meu olhar...
Essa minha saudade, tão tamanha,
fica mais dolorosa aqui na montanha,
vendo lá embaixo esse azul do mar...

A saudade inimiga
uma fonte que castiga,
vendo um corcel galopar...

Muito longe, meus olhos lá campeia,
pela mata ,também pela beira de areia,
um vulto que jamais vou encontrar...
Tarde, uma passagem que me entristece,
e a bela natureza que não me esclarece,
por que motivo não vai mais aqui voltar...

Nessa tarde tão vazia
vai morrendo a poesia,
já não posso mais rimar....
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 02/04/2015
Reeditado em 02/04/2015
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