23 de julho
Os dias de verão de 2013 haviam sido reveladores.
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Tal qual o apocalipse, que significa revelação, pode ser uma revelação tanto de fatos passados quanto de coisas futuras. E naquele verão escrevi meu apocalipse. Seus selos se abriram e parei na metade.
Eu era meu próprio apocalipse. Era eu quem abria os selos, eu quem mostrava os quatro seres viventes, era eu quem tocava as trombetas e anunciava meu fim próximo.
De modo que tudo havia sido tão estarrecedor que não me aventurei a continuar naquela empreitada.
Cada pessoa é uma estrela e cada estrela possui luz própria, dizia certo homem. Porém as estrelas agrupam-se em constelações. E as constelações assumem um cortejo de espectros que iluminam mundos e interferem nos rumos de seus parceiros dançarinos que se chamam planetas. Nos planetas vivem infinitas possibilidades. E eles servem como palco para transformações e manifestações da força criadora que existe desde os primórdios dos tempos e que raramente se mostra tal qual é para alguém. É como a caixa de Pandora que pode resultar em coisas boas ou más.