SAUDADE!

Eu estou sempre transcendendo os meus pensamentos, para tentar em vão te esquecer. E me passa sorrateiramente pelas sombras do meu raciocínio, qual a real dimensão desta tua distancia infeliz. E tudo isso, só faz revogar o luzeiro que ainda resiste, persiste, e existe dentro do meu viver. Tatuando e rasgando em meu peito essa tua saudade, que, mormente, até já se fez uma cicatriz.

E como irei sustentar o meu mundo, se a cada segundo ainda me encontro cheio de esperança. Se eu procuro contornar dia e noite essa tua luz, com traços de uma estrela semente. E todo esse teu brilho inocente, com esse teu jeito sorridente e Candido, de uma eterna criança. Que só me faz retornar ao meu sonho, onde essa lembrança ainda persiste, e que na minha memória ainda posso te encontrar presente.

E mesmo eu crendo, o destino me açoita, e procura um jeito de me enquadrar para que eu não o aceite como verdade. Da razão de eu não te encontrar, eu arrasto os meus sentimentos, porque talvez tu já estejas em mim. E algumas vezes, ainda olho em volta todo esse perpetuo caminho, da minha indelével vontade. Pois eu sei que vou continuar a te ver no meu imaginário, quando eu estiver no caminho do fim.

E enquanto continuar envolto nas minhas emoções, naquela fronteira entre o caos e a minha liberdade, planearei esculpir com a verdade, em algum lugar dentro da tua especial e linda imagem de pureza. Registrarei o teu nome com cada gota das minhas lagrimas, dizendo, “És o principio da minha saudade”. Pois toda essa vasta esperança guardada dentro de mim, se encontrará tão perto do céu, nessa que é a minha única certeza.