LEMBRANÇAS

Me deixem só, por um momento apenas,

Para que as lembranças fluam e flutuem

Leves como plumas, poeira ou penas

E voem para o infinito, onde se diluem.

Me deixem quieta, meditando silenciosa .

Minhas lembranças parecem esquecidas,

São como os espinhos da mais bela rosa

E no meu jardim são sempre florecidas.

As lembranças são inquietas, minha solidão,

E por vezes até parecem com um vulcão

Soltando lavas que me queimam e ferem.

Derramam-se sobre a minha rocha interior

Causando um cataclisma de muita dor

E vão esfriando, essas lembranças que endurecem.

Stella Vives

04/12/2014

STELLA VIVES
Enviado por STELLA VIVES em 03/03/2015
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