LEMBRANÇAS
Me deixem só, por um momento apenas,
Para que as lembranças fluam e flutuem
Leves como plumas, poeira ou penas
E voem para o infinito, onde se diluem.
Me deixem quieta, meditando silenciosa .
Minhas lembranças parecem esquecidas,
São como os espinhos da mais bela rosa
E no meu jardim são sempre florecidas.
As lembranças são inquietas, minha solidão,
E por vezes até parecem com um vulcão
Soltando lavas que me queimam e ferem.
Derramam-se sobre a minha rocha interior
Causando um cataclisma de muita dor
E vão esfriando, essas lembranças que endurecem.
Stella Vives
04/12/2014