Como se novamente...

tua ausencia transpira

e fico deslaçando palavras

ensopadas desse calor

caminho a nudez sonâmbula

atrás de brisas, orvalhos

e outras fontes d’onde se

floresce alívio pro ardor.

mergulho fundo

e fossem rios o suor das palavras

encontraria a fenda

pra tapar a vazão do despudor...

sem êxito retorno

à superfície cada vez

mais abastecida do líquido

que mareia tua face

(já tão congestionado de versos)

espremo, assopro,

sugo, reprocesso

reciclando a página

pra seres poema outro

como se

manuseando-a,

sentir-te-ia em minhas mãos...

de novo.

MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 03/03/2015
Reeditado em 07/03/2015
Código do texto: T5156492
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