Como se novamente...
tua ausencia transpira
e fico deslaçando palavras
ensopadas desse calor
caminho a nudez sonâmbula
atrás de brisas, orvalhos
e outras fontes d’onde se
floresce alívio pro ardor.
mergulho fundo
e fossem rios o suor das palavras
encontraria a fenda
pra tapar a vazão do despudor...
sem êxito retorno
à superfície cada vez
mais abastecida do líquido
que mareia tua face
(já tão congestionado de versos)
espremo, assopro,
sugo, reprocesso
reciclando a página
pra seres poema outro
como se
manuseando-a,
sentir-te-ia em minhas mãos...
de novo.