ÁGUAS DA SAUDADE

Águas, que nascem e que vão embora,

durante dias, e noites de luar,

não podem ouvir alguem que chora,

querendo, com voces se juntar...

Fonte, estou com voce a conversar,

tentando te falar sobre o amor,

te pedindo, que leve para o mar,

a metade da minha dor...

Estou chorando, mas sei por que,

estou quase a pedir a ti,

para, que me carregue com voce,

para muito longe daqui...

Fonte,veja como estou soluçando,

estou a lamentar o destino meu,

se perguntar, do que estou falando,

e sobre um amor que morreu...

Se nessa tão fria madrugada

ao acaso, ouvir alguem gemer,

siga em frente, em sua jornada,

não tenha pena do meu sofrer...

No silêncio desse vale triste,

so eu, e suas águas a nascer,

parece, que mais nada existe

para alguem, que não pode esquecer.

Fonte, que alimenta as suas águas,

como alimentei a minha paixão,

alivei, metade de minhas mágoas

levando contigo, o meu coração.

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 05/06/2007
Reeditado em 15/03/2008
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