SONHOS QUE NÃO FALAM

No meu mundo tão estranho
e nesse buraco sem tamanho,
foi nele mesmo que mergulhei.
Vejo descer lágrimas insanas
e fiquei perdido nas savanas,
desde que da vida me afastei.
Dor gotejante
sofrer constante
e o motivo sei.

Por esses caminhos perdidos
respondem sim, meus gemidos,
que não foram conto de fadas.
Percebí morrendo esperanças
e eu vivendo com as lembranças.
não terão fim minhas jornadas.
Visões que embalam
sonhos que não falam
noites sem madrugadas.

Em tristes momentos,suspirantes,
vejo meus caminhos, mais errantes,
por que nunca consigo esquecer.
Nesse desfiladeiro do abandono
já estou perdido,desde o outono,
e sem ter, conseguido morrer.
Resposta vaga
dor que esmaga
por tanto te querer.


 
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 25/02/2015
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