RETROVISOR
Por este retrovisor eu via a nossa estrada
Era tão larga e se estreitou
Vejo os rastros deixados. Vejo as pegadas.
Eram tão fundas! O Tempo apagou.
Hoje pisa sutil e mateira e teme que o seu rastro
apareça nas terras nem nas areias
esconde do fogo com medo do lastro
Se faz aranha e não se livra da própria teia
Você trocou o certo pelo duvidoso
armou pra cima de mim
agora chora o leite gorduroso
que derrama num escaldar sem fim.