RETROVISOR

Por este retrovisor eu via a nossa estrada

Era tão larga e se estreitou

Vejo os rastros deixados. Vejo as pegadas.

Eram tão fundas! O Tempo apagou.

Hoje pisa sutil e mateira e teme que o seu rastro

apareça nas terras nem nas areias

esconde do fogo com medo do lastro

Se faz aranha e não se livra da própria teia

Você trocou o certo pelo duvidoso

armou pra cima de mim

agora chora o leite gorduroso

que derrama num escaldar sem fim.

Uelton Nogueira
Enviado por Uelton Nogueira em 23/02/2015
Reeditado em 24/02/2015
Código do texto: T5147497
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