Tulipa .

Batendo na porta , derrubei o cristal refeito pela saturação .

Desenhei ao papel meus prantos um simples sorriso teu ...

Silenciando o vidro que assoprava todo meu grito ao rodar !

Por mim na curva que o girava ao dedo em lágrimas caídas ...

Esperei , esperei , refazer o ar , mas a cada giro era difícil .

Sentimento de indecisão , pouco a pouco se fazendo entre

estilhaços sem fins , cortando tudo sem deixar-me chances !

Parando a porta , esmurrei o silêncio que atormentava-me ...

Calma-me o cristal gritava , reluzindo seus pedaços aos chãos .

Não tendo como escapar , fui apanhando em pequenos gestos ...

Olhando-o sentia indefeso , estando o sangue jorrar , beirando !

Herança de hoje , desenhei o nada pra mim , rasgando meu ser !

Desfalecendo meu corte entre a alma , ficando o fio com a seda ...

Resta dar mais um corte , por saber que não é mais minha tulipa .

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 17/02/2015
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