CONFETE E SERPENTINA

Barrados no carnaval,

Confete e serpentina

Não formam mais um casal

Na festa que a tantos fascina.

Nos bailes do passado,

De fantasias e marchinhas inocentes,

Eles não eram dispensados

Pelos foliões ali presentes.

Até hoje choram pierrôs e colombinas

Com saudade dos corsos de outrora,

Quando no auge da adrenalina

Brincava-se diferentemente de agora.

O ponto alto eram as batalhas de confetes

Quando os carros das elites se cruzavam,

E onde moçoilas felizes e coquetes

Por trás das máscaras ruborizavam.

Nessa época, jogavam-se serpentinas

Entre os veículos abertos e paralelos,

Pois esse era um costume entre as grã-finas

Que fazia o desfile ficar ainda mais belo.

Mas como tudo nessa vida é passageiro,

O famoso par desapareceu da folia.

Porém como não tem carnaval o ano inteiro

Não vale a pena morrer de melancolia.

Beth Rangel
Enviado por Beth Rangel em 17/02/2015
Reeditado em 18/02/2015
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