CONFETE E SERPENTINA
Barrados no carnaval,
Confete e serpentina
Não formam mais um casal
Na festa que a tantos fascina.
Nos bailes do passado,
De fantasias e marchinhas inocentes,
Eles não eram dispensados
Pelos foliões ali presentes.
Até hoje choram pierrôs e colombinas
Com saudade dos corsos de outrora,
Quando no auge da adrenalina
Brincava-se diferentemente de agora.
O ponto alto eram as batalhas de confetes
Quando os carros das elites se cruzavam,
E onde moçoilas felizes e coquetes
Por trás das máscaras ruborizavam.
Nessa época, jogavam-se serpentinas
Entre os veículos abertos e paralelos,
Pois esse era um costume entre as grã-finas
Que fazia o desfile ficar ainda mais belo.
Mas como tudo nessa vida é passageiro,
O famoso par desapareceu da folia.
Porém como não tem carnaval o ano inteiro
Não vale a pena morrer de melancolia.