Dor
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Dor
O teu sorriso espontâneo?
< Nunca mais terei comigo. >
Todos os nossos sonhos a dois?
< Viraram desesperança. >
As nossas saídas repentinas...
< Com quem me esconderei agora? >
As tuas piadas sem graça...
< Como eram adoráveis! >
O teu sorriso virou saudade.
Nossos sonhos, terríveis pesadelos.
Exponho as cicatrizes da morte,
envolvida na vazia imensidão da ausência.
Na tela que vejo, ao fechar os olhos,
tu estais sorrindo para mim.
A morte, tal qual a vida,
não passa de mera ilusão.
Sim, meu amor, tu viverás,
eternamente, dentro de mim.
Sinto o teu cheiro agora...
E meu corpo, saudoso,
arrepia-se completamente
ao singelo toque das tuas mãos.
Descansa em paz.
Aqui, estaremos felizes.
Afinal,
tu permaneces
a ilusão da minha realidade.
Iguatu-CE, 26 de janeiro de 2015
20h56min
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