Quando tu viajas
.:.
Por aqui fica a saudade.
A saudade do cheiro,
do ‘Bom dia!’
A saudade da saudade...
Por aqui fica o vazio.
A vacância da tua voz;
a solidão do meu corpo...
Sem o teu,
não existe nós!
Por aqui fica a esperança.
A ansiedade do reencontro;
a lucidez do teu discurso...
A invulgaridade do teu amor.
Quando tu viajas...
E não posso ir.
Guardo no coração o teu sorriso;
na pele, a tua tez tatuada,
em tons de branco e rosa.
Ah, mas quando tu chegas!
Exulto de alegria;
encho-me de maus pensamentos.
Busco pontos, pontos e vírgulas...
Todavia,
a pontuação que definiria,
sem retoques, meus desejos,
exclamo agora:
seriam as reticências...
Fortaleza-CE, 14 de janeiro de 2015.
23h45min
.:.