CAÍDO DO CHÃO

A solidão me carrega
para o mundo do sofrer,
minha alma navega
rumo ao entardecer.

Essa herança nociva
por lembrar a criatura,
me lança a deriva
na trilha da loucura.

Que enorme castigo
que a vida desarruma,
o que acontece comigo
a alma não acostuma.

Só amargura que cai
e sobra o desgosto,
é tristeza que vai
molhando o meu rosto.

Numa só escuridão
sem nada brilhar,
fico caído no chão
sem poder levantar.

Sentindo a melancolia
e desespero que embala,
e o fim da poesia
quando a alma se cala.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 03/01/2015
Código do texto: T5089325
Classificação de conteúdo: seguro