A face do meu sertão
Ah!! O raiar que me enlouquece e me tira desse chão!
O raiar que me ilumina e me aquece...
Me fascina... Entontece...
Me enrubesce nos braços do meu sertão.
Faz caminho do solo à face
Pelas fendas que se abrem
Dentro do meu coração...
Caminho que tanto arde.
Sem a chuva que irriga
Os meus dias de verão...
Nada tenho nessa vida...
Sem a lembrança querida
das tardes sob a guarida
Do cajueiro... Do alazão...
Das aves que iam partindo...
No horizonte fundindo...
Ao suor que ia caindo...
Junto a minha emoção!
E o que levo dessa vida...
Junto as aves foi unida,
A minha inspiração....
Minha esperança na lida
Da minha terra sofrida...
Nascida da fenda partida.
Da face do meu sertão!