A face do meu sertão

Ah!! O raiar que me enlouquece e me tira desse chão!

O raiar que me ilumina e me aquece...

Me fascina... Entontece...

Me enrubesce nos braços do meu sertão.

Faz caminho do solo à face

Pelas fendas que se abrem

Dentro do meu coração...

Caminho que tanto arde.

Sem a chuva que irriga

Os meus dias de verão...

Nada tenho nessa vida...

Sem a lembrança querida

das tardes sob a guarida

Do cajueiro... Do alazão...

Das aves que iam partindo...

No horizonte fundindo...

Ao suor que ia caindo...

Junto a minha emoção!

E o que levo dessa vida...

Junto as aves foi unida,

A minha inspiração....

Minha esperança na lida

Da minha terra sofrida...

Nascida da fenda partida.

Da face do meu sertão!

Rejane Alves
Enviado por Rejane Alves em 30/12/2014
Reeditado em 30/12/2014
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