Pranto da nostalgia

A velha casa permanece ali.

Bamboleando.

Fazendo apostas com os ventos

Sobre quem aguenta mais.

Os cipós que costumávamos balançar

As framboesas que costumávamos nos deliciar.

Tudo entregue às meras lembranças.

Tudo entregue às esperanças

De contrariar o relógio da vida

E às nossas planejadas eternidades retornar.

Vaga-lumes:

Estrelas terrenas.

Instigam o alívio

Perante esse marasmo nostálgico.

A cigarra e seu canto,

Proclamando encantos

Que do peito a angústia extingue.

Uivos e notas que se repetem,

Do coração refletem

A saudade dos ditos tempos

Que não voltam mais.

Tempos,

Ventos,

Sublimes momentos.

Infinitos em suas finitudes.

Tempos escassos.

Tempos felizes.

Tempos eternos.

Clóris
Enviado por Clóris em 22/12/2014
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