ÀS LEMBRANÇAS...
Hei de fecundar o tempo de nós dois num cafuné babado de saudade.
Hei de erguer a bandeira do passado numa passeata a só.
Hei de sufocar as lembranças que ainda sangram no coração de cristal das horas idas.
Hei de deixar que as lágrimas vertam de todos os poros e se evaporem no sorriso seco do agora.
Hei de enamorar com os versos nessa escrita fria e tentar ser frase doce tatuada em pétala de rosa.
Sou o agora... sou o momento!
Palhaço que ri das horas mortas e pinta de vermelho as unhas do amanhã.
Há remelas nos olhos do sol.
Há feridas na boca da lua.
Há um silencioso fado no coração do poeta.