EMBRIAGUEZ
Ah, esse copo! Esse vinho!
Teus cabelos... teu rosto!
Teus olhos... tua boca!
Tua pele... tudo em ti...
Tudo diante dos meus olhos
A me embriagar mais que o vinho
Numa visão transcendental;
Imagem futurista
De computação gráfica...
Cada parte de ti
Que se separa e se junta
Dançando na frente dos meus olhos,
Nadando no vinho do meu copo,
Tinto de desejo,
Molhado de volúpia,
Encorpado como o teu beijo
Próximo ao clímax!
Ah, esse copo! Esse vinho!
Essa vontade da minha boca na tua boca;
Da minha língua passeando
No teu céu estrelado
De dentes alvos e lindos;
De sentir os teus lábios quentes
Na minha pele;
De beijar o teu peito e pescoço
Devagarzinho
Deliciando-me e te deliciando...
Ah, essa vontade
De te ouvir gemer de prazer;
De passar a língua, beijar,
Mordiscar a tua orelha
E descer pela tua barriguinha
Deliciando os meus lábios;
E descer, e descer...
Fazendo-te contorcer-se de desejo
E com a minha língua inquieta
Embriagar-me mais ainda
Com o teu cheiro e sabor incomparáveis...
E nessa dança de mãos, e lábios e línguas...
Nesse balé sensual e frenético
Fazer-te delirar, estremecer...
E quase perder os meus sentidos
Com a explosão de um bilhão
De estrelas coloridas
Saindo de cada poro
Da minha pele...
Ah, esse copo! Esse vinho!