Linha de Vida

Que voz seria essa que me conduz mistério adentro?

Onde existem segredos espalhados por todos os lados,

Os quais não me atrevo a descobrir,

E deles saber porque estou aqui!

Se essa fosse a minha busca incessante,

Também seria minha perda mais cruel...

Pois além destas paredes invisíveis e mortíferas,

Poderia estar o fim ou talvez o início...

Como estas faces podem estar no mesmo rosto?

E quando os meses passam com toda a sua fúria,

Nada sobra do tempo que jamais me esperou...

O que mais eu poderia querer destes dias?

Ou a crueldade dos homens que devastam a vida,

A voracidade de pesadelos que consomem o sono,

O poder do medo que domina a mente e o coração das pessoas...

Poderão existir muitos pensamentos que abriguem o consolo,

Ainda viverão aqueles que desistirão do seu sangue,

Mas com tudo isso, nada sobrará do perdão, da esperança...

Apenas vestígios de um mundo destroçado,

A memória de quem andar pelas ruínas da nossa vida...

Ouço essa voz como uma música...

Como um poema recitado e silêncio,

Rompendo seus próprios limites,

Atingindo a linha mais profunda do horror humano...

E dele sobrevivendo...

Para alcançar meus lábios,

E poder repetir essas palavras tão belas,

Antes que meus olhos se abram novamente...

Gabriel Russelle
Enviado por Gabriel Russelle em 29/05/2007
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