Linha de Vida
Que voz seria essa que me conduz mistério adentro?
Onde existem segredos espalhados por todos os lados,
Os quais não me atrevo a descobrir,
E deles saber porque estou aqui!
Se essa fosse a minha busca incessante,
Também seria minha perda mais cruel...
Pois além destas paredes invisíveis e mortíferas,
Poderia estar o fim ou talvez o início...
Como estas faces podem estar no mesmo rosto?
E quando os meses passam com toda a sua fúria,
Nada sobra do tempo que jamais me esperou...
O que mais eu poderia querer destes dias?
Ou a crueldade dos homens que devastam a vida,
A voracidade de pesadelos que consomem o sono,
O poder do medo que domina a mente e o coração das pessoas...
Poderão existir muitos pensamentos que abriguem o consolo,
Ainda viverão aqueles que desistirão do seu sangue,
Mas com tudo isso, nada sobrará do perdão, da esperança...
Apenas vestígios de um mundo destroçado,
A memória de quem andar pelas ruínas da nossa vida...
Ouço essa voz como uma música...
Como um poema recitado e silêncio,
Rompendo seus próprios limites,
Atingindo a linha mais profunda do horror humano...
E dele sobrevivendo...
Para alcançar meus lábios,
E poder repetir essas palavras tão belas,
Antes que meus olhos se abram novamente...