Uma espera alimentada de sonho dourado
enchia meu peito de esperança, eu flutuava.
De paixão, palpitava meu coração apaixonado
E no meu mar de lágrimas, sozinha, sobrenadava.
A vida já implorando algum revérbero...
Mais e mais a solidão acinzelando meus dias.
As noite escorrendo lentas, quisera um mensageiro,
Um sussurro do vento, ou qualquer eufonia...
Um impulso para rasgar o véu da tristeza,
Um marasmo me envolvendo na preguiçosa nuvem.
Nem tinta nem papel há sobre minha mesa,
Para desenhar uma aquarela com sua imagem,
E assim, talvez eu possa ver-te além do meu olhar
Admirar a tela, me abastecer da tua suposta presença.
Já sufoquei o horizonte, onde vivo a te procurar
Com meus olhos de esmeralda, cheios de esperança.