UM SONHO QUE JÁ NÃO É!
MINHA IRMÃ, UM SONHO QUE JÁ NÃO É!
Eras na vida a irmã querida
Que sobre um mar de alegrias conduzia
O ramo da esperança. Eras a amiga
Que cintilava ao nosso lado,
Apontando- nos o caminho a seguir.
Eras a companheira de todos os instantes.
Eras a alegria de nossos filhos - um amor sublime.
Eras a segurança, a certeza, a benevolência,
A presença sempre pronta aos irmãos - Ah! no entanto,
Irmã, - varou-te a flecha do destino!
Estrela nossa, - engoliu-te o temporal do norte!
Aconchego, - caíste! Já não vives entre nós!
Correi, correi, oh! lágrimas saudosas,
Pela irmã querida! Correi pela ausência de tua voz!
Correi pelo teu olhar complacente!
A saudade mansa de um sonho que já não é.
(interlocução com Fagundes Varela)