Cicatrizes

Clara noite de luar, prateia as águas do mar,
onde meus olhos tristes, não se cansam de olhar,
Sentado sobre a areia, ainda espero a sereia,
que um dia prometeu me amar...
Ela chegou bem de mansinho, abriu o meu peito e fez ninho,
dentro do meu coração,
Tentei fugir mas não deu, quando vi estava preso
aos braços teus, perdido de amor e paixão...
Amor a beira do mar, em tantas noites de luar,
ela foi o sonho meu,
Fez o que bem quis de mim, até que um dia pois fim
ao encanto que me envolveu...
Simplesmente disse adeus, sufocando os dias meus,
partindo o meu coração,
Triste, ferido, machucado, cruelmente despedaçado,
amargamente sofreu...
Fui refazendo os pedaços, juntando aos poucos os cacos,
do que ficou deste amor,
Não houve mais dias felizes, somente enormes cicatrizes,
foi o que em mim se formou...
Ainda volto a beira mar, nestas noites de luar,
sentado ali a esperar,
Mas só encontro a solidão, nas ondas a me tocar,
que compreendem a minha dor, pois foram testemunhas deste amor,
e comigo parecem chorar!

 
Luis Antônio Mendonça
Enviado por Luis Antônio Mendonça em 01/11/2014
Reeditado em 14/12/2014
Código do texto: T5019124
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.