MOCIDADE ARDENTE

Fresca mocidade

Traz-nos ao peito saudade

O corpo leve e a pele macia

A confiança no tempo

Na eternidade desses momentos

E aí? Tal incoerência

Entre o céu e o mar

Entre a erudição e a inocência.

Ainda sinto na boca

O sabor dos beijos quentes

Que meus lábios inocentes

Entendiam-se ser o máximo

Ser o infinito e o clímax.

Dos olhos ávidos transparentes

Ir de encontro a outro olhar

Obsessivo, terno, quente

Como entorpecente!

Sensações ainda sinto

Do andar com jeito e com malícia

Com sabor. Uma delícia!

Olhares que freqüentemente

Lançavam flertes ardentes

E no meu peito sucumbia

Um amor que me ardia

Parecia vidro quebrado

Quando ao longe eu te via.

FATIMA KALIL
Enviado por FATIMA KALIL em 06/10/2014
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